11 julho, 2008

SBSR 2008 Report

Quem foi ao festival Super Bock Super Rock 2008? Eu fui. Quem foi no dia do Metal? Eu fui. Quem foi aos urinóis de rua? Eu fui.
O alinhamento das bandas mudou mais vezes que Annihilator mudou de vocalista. Inicialmente, o festival era para começar com Tara Perdida, depois Lauren Harris, Rose Tattoo, Avenged Sevenfold, Slayer e, por fim, Iron Maiden. Como última informação, Tara Perdida ficaria para o final e Slayer e Iron Maiden trocariam de posições. No final, nem isso foi. Eu, como muitos outros, que só iriam para o festival depois do trabalho, perdi Lauren Harris e Avenged Sevenfold, com muita pena. Mas, o festival foi bom e aconteceram muitas situações engraçadas.
Ao estacionar o carro, mesmo não sabendo onde era a entrada, não haveria problema. Era só seguir a malta vestida de preto.
À entrada, enquanto esperava para ser "apalpado" pelo polícia, qual situação gay, um dos seguranças perguntou a um rapaz o que ele tinha na mala, ao que ele respondeu:
-"Tenho uma garrafa de água, mortalhas..."
Havia muitas barracas de bebida e comida. Numa das barracas, vendiam hamburgueres normais a €4 e hamburgueres especiais a... €4. Posto isto, pedi um hamburguer especial, porque vinha com ovo como extra. Ao entregarem-me o hamburguer especial, não vinha com ovo. Ao perguntar porquê, disseram que já não havia ovo. Por isso, tinham o mesmo preço, mas nomes diferentes, pois o hamburguer normal não tem ovo e o hamburguer especial tem ovo mas não está incluído. Perceberam? Eu também não. Era mais fácil avisarem que não havia hamburguer especial.
Ao final da tarde, começava Slayer. Aqui se notavam os putos e os cotas, os da nova-guarda que só queriam slam-dancing violento e saltar e os da velha-guarda que faziam headbanging e air-guitar, como eu. Sim, sou cota... e daí?
Noutro aspecto, quando Slayer anunciava músicas como Die By The Sword ou Hell Awaits, os cotas gritavam de alegria, enquanto os putos ficavam quietos ("Que música é esta?").
A certa altura, fiquei sem saber em que país estava, visto que havia muitas bandeiras brasileiras entre o público.
A seguir foi Iron Maiden. Grande espectáculo musical e visual. Com vários Eddies, entre eles um que me fazia lembrar a Lili Caneças depois de uma operação plástica.
Quando começou o concerto, 70% por certo dos braços que estavam no ar, albergavam telemóveis a gravar. Para quê o aviso nos bilhetes que proíbe qualquer gravação audio ou vídeo? Será que ainda vale a pena?
Vários senhores e senhoras de uma certa idade, vibravam com a banda, entre elas, uma senhora que gritava pelo Bruce "Dickson".
A seguir, foi tempo para descansar, beber e comer alguma coisa. Que é como quem diz, foi actuação de Rose Tattoo. O vocalista era um cruzamento de Udo Dirkschneider se fosse padre de igreja gospel com Rob Halford alimentado a MacDonalds. Os outros elementos não sei se estavam vivos.
Para finalizar, foi Tara Perdida. Entre o público, já não encontrei ninguém acima dos 20 anos de idade e com as calças no sítio certo.
Para voltar ao carro, mesmo não sabendo onde era a saída, não haveria problema. Era só seguir a malta vestida de preto. Só que à noite era difícil. Neste caso, era só seguir os braços.