18 outubro, 2010

Laughbanging entrevista PussyVibes

Girls, Gore, Grind é o que apregoam os PussyVibes. É mesmo assim, pá...
Tudo começou como um projecto de 1 pessoa, o Nelson, que programou a bateria, tocou todos os instrumentos e bebeu as litrosas de cerveja sozinho.
Depois de algum tempo, começou a procurar elementos para a banda, no qual resultou na descarga de grindcore e letras sobre pornografia e mulheres que conhecemos hoje.
O Laughbanging, sempre interessado em música bonita, foi falar com o demente Nelson sobre os PussyVibes.

PussyVibes

Não vos entristece o facto de serem a única banda grindcore no mundo que ainda não lançou um split com Agathocles?
Não, não! Eles já nos contactaram mesmo com aquela conversa: "Ah e tal, vocês são a única banda grindcore do mundo que nunca lançou um split connosco, vá lá, lancem algo com Agathocles, não precisa ter qualidade, é só para bater o recorde e tal". Mas nós somos uma banda do contra e eu disse: "Epá, nós até temos ali uma gravação feita na casa de banho numa cassete que antes era do Nel Monteiro mas, epá, aquilo se calhar tem qualidade a mais para o que querem. Então não vai dar". Mas foi mesmo naquela, não queremos fazer mais splits, agora é para gravar outro álbum!

Em que animais é que se inspiraram para as vozes?
Isso é uma pergunta muito boa e pertinente, até porque a nossa principal inspiração em PussyVibes é o National Geographic. Portanto as maiores influências são os leões, os grilos, as rãs, as fêmeas, os ursos, as águias, os dragões e os porcos.

Já pensaram em usar o efeito auto-tune para a voz ficar mais afinada?
Claro! Aliás, usamos sempre em todas as gravações porque nunca tivemos aulas de canto e cantar em PussyVibes, como todos sabem, é uma arte muito refinada. Se por vezes sairmos de tom, nem que seja um bocadinho, o nosso guitarrista, que é daqueles virtuosos estilo Steve Vai, manda parar logo tudo para repetirmos. Assim, pelos menos quando está a ouvir o CD já não refila comigo e o Bruno.

Quantas vezes é que vocês tocaram a mesma música num concerto e ninguém deu por isso? Vá, confessem...
Hmmm... Essa é difícil de responder. É que nós não temos músicas diferentes. O que fazemos é começar todos ao mesmo tempo e cada um improvisa qualquer coisa e depois tentamos acabar todos ao mesmo tempo. O que fazemos pelo meio não interessa! Desde que consigamos parar todos ao mesmo tempo ficamos todos contentes e achamos que demos um bom concerto. É todos ao mesmo tempo.

Se vos dessem a oportunidade de fazer a banda sonora de uma série de desenhos animados, qual escolheriam e porquê?
Não sei o que o resto da banda acha, mas eu curtia fazer a banda sonora do South Park porque os desenhos animados são tão desajeitados como nós.

"Three Dogs in Heat", "Choke on this", "Finger Licking Good". Porque é que nas vossas letras falam tanto sobre a Elsa Raposo?
Porque é a minha mãe.

Tendo em conta o conteúdo das vossas letras, têm a noção de que se o Taveira gostasse de Metal, vocês seriam provavelmente a sua banda preferida?
Sim, sim. Houve um concerto que demos em Braga, no estádio AXA, a convite dele mesmo. Depois do concerto fomos todos para casa dele ver cassetes de vídeo. Foi muito fixe.

As vossas letras estão já escritas tendo em conta o novo acordo ortográfico?
Nós tentamos sempre cumprir a lei, por isso contratámos um brasileiro para fazer a tradução das nossas letras para esse novo acordo.

No festival Barroselas Metal Fest, tocaram com várias bandas, entre as quais os lendários Napalm Death. Estamos curiosos: antes dos Napalm subirem ao palco, qual de vocês é que lhes mudou as fraldas?
Fraldas? Naaaa, Napalm não usa fraldas. Eles gostam de se cagar em palco mesmo à GG Allin. É por isso que o Barney Greenway anda aos saltos dum lado do palco para outro, não quer que o cheiro fique ao pé dele. Então espalha ao pé dos outros e chama pessoal para o palco para disfarçar que foi ele que se cagou.

O que os vossos pais pensam da vossa música?
Acham muito relevante e educativa para a juventude de hoje. Como músicos, temos a responsabilidade de passar uma mensagem para o público e para os nossos milhões de fãs, por isso deixamos sempre a nossa mensagem de merda: barulho é que é bom!

Últimos comentários.
Obrigado pela oportunidade de nos expressar de maneira mais honesta e pura nesta entrevista. Esperamos que os nossos fãs se masturbem a ler isto e a ouvir o nosso cd PUSSY GORE GALORE (ainda temos 5 cópias para vender), o nosso split com GROG e ROADSIDE BURIAL (temos paletes disto para vender ainda, os australianos lembraram-se de fazer um repress não sei porquê, acho que lhes está a correr bem), e o nosso split com NAMEK (muito limitado, acho que já só temos 10 para vender). GIRLS! GORE! GRIND!

PussyVibes

Género:Grindcore
Line-up

Nelson Cravo - Voz
Bruno - Voz
Paulo Alexandre - Guitarras
Miguel Batista - Baixo
Paulo Santos - Bateria

Discografia
2000 - Can you smell it? (demo)
2009 - Pussy Gore Galore
2010 - Grog / Roadside Burial / Pussyvibes (split)

Página oficial
www.myspace.com/pussyvibes


Sem comentários: