25 junho, 2009

Suicidal Tendencies + Ho-Chi-Minh + Mr. Miyagi, 18 Junho, Almada

Depois de ter sido a sala de espectáculos de referência para concertos de heavy metal no final dos anos 80, a Incrível Almadense voltou a ser palco de um concerto de música pesada, misturando thrash metal, hardcore e música das discotecas de Alcântara.
Ao começarem a chegar os primeiros metaleiros, os habitantes daquela parte da cidade diziam: "Oh, não. Os drogados voltaram. Vai começar tudo de novo." Entretanto, os proprietários dos bares já era diferente: "Excelente. Os drogados voltaram. Vai começar tudo de novo."
O preço dos bilhetes era de 25 euros, mas, quem comprasse nos dias anteriores, o preço baixava substancialmente para... 23 euros. Ouvi dizer que o organizador é cigano e queria trabalhar no Departamento de Finanças. Mas, como os ciganos não trabalham em empresas do Estado, virou organizador de concertos.
No bar, tinhamos um menú muito variado de bebidas. A saber: cerveja e água. Mais nada.
A 1ª banda a entrar em palco foi Mr. Miyagi, banda de punk/hardcore em que os elementos da banda, pela idade, deviam ter acabado de sair das aulas da escola Preparatória para ir tocar. O vocalista já devia estar bêbado porque, por vezes, não sabia distinguir o palco da plateia.
A banda seguinte, Ho-Chi-Minh, não sabia distinguir Almada de Alcântara, pois havia mais "martelos" na música que numa festa de S. João. A música já pedia por uma vodka laranja, mas só havia cerveja e água. No final, o vocalista fez uma perfeita imitação de um cigano-vendedor das festas dos concelhos, ao anunciar que só faltavam 30 segundos para acabar a música.
Para o final, os Suicidal Tendencies deram um grande show. Originários dos Estados Unidos, nenhum deles tinha ar de ser americano de gema. Baterista negro, guitarrista mulato, baixista negro, guitarrista latino e vocalista "fusão de raças". Só a banda tinha mais variedade racial que o bairro da Mouraria.
Durante o show também houve muito stage-diving, sendo o ponto alto o de 2 miúdas bem giras que, por alguma razão, os rapazes teimavam em não colocá-las no chão, aparando-as em todas as partes do corpo, tomando bem conta delas. Pelo menos elas não se podem queixar do tempo que tiveram a fazer crowd surfing.
Muita energia e um bom lote das melhores músicas compuseram o concerto dos ST, terminando com uma invasão de jovens de tronco nú em palco, qual casa de Elvas.
O som não estava muito bom, visto que, uma das colunas principais não estava a funcionar. O engenheiro de som foi tão competente que descobriu o problema e ligou as colunas... na penúltima música do concerto.
Os Suicidal prometeram voltar para o ano. Uma sugestão: contratem também pessoas da zona oriental ou nórdica. A variedade racial seria ainda maior.