20 setembro, 2009

Municipal Waste em Portugal

Mais uma noite de música pesada teve lugar numa das mais requisitadas salas da Margem Sul. Não. Não foi na suite privada do CD Bar. Foi no Cine Teatro de Corroios.
O evento prometia muito thrash, hardcore e alcool, com as bandas Mr. Miyagi, We Are The Damned, Prayers of Sanity, WAKO e Municipal Waste.
Para alguém que já não é tão jovem, saber que há 5 bandas num cartaz revelou-se logo um pesadelo.
O bilhete custava 15 euros ou, no próprio dia, 18 euros. Sem vontade de ir de propósito a uma loja comprar o bilhete, decidi gastar mais dinheiro e comprar no dia. É um pequeno preço a pagar pela preguiça.
Eu e o meu irmão, lá nos dirigimos à bilheteira e, como o concerto não tinha começado, fomos beber. Para alguém que já não é tão jovem, a cerveja começa já a fartar. Então, decidimos sentar num café e beber um whiskizito. Foi por causa dessa iguaria que nos atrasámo e só vimos o final de Mr. Miyagi, nomeadamente a parte onde estavam a arrumar os instrumentos. Notou-se que os arrumaram bem e não ficam nada atrás do que vem lá de fora quanto a saírem do palco.
Com alguma sede, fomos adquirir senhas para um whisky, ao qual a senhora do balcão até nos disse para ter com o barman e dizer qual o "sabor do whisky".
De seguida, subiram ao palco os We Are The Damned. Tiveram cerca de 20 minutos em palco a fazer soundcheck. Tempo muito demorado para afinar o som para, na actuação, não se perceber nada. Nota aos engenheiros de som: volume alto não significa melhor qualidade de som. Podem comprovar isso quando a vossa mulher estiver chateada com vocês.
A próxima banda era composta por uns "môces" do Algarve. Os Prayers of Sanity tocaram um thrash old-school em que, quase não se ouvia a bateria. Nota aos engenheiros de som: Lição de história- o termo thrash quer dizer "bater violentamente". O termo foi criado devido à forma em que a bateria é usada e seu volume neste género de metal. Ali, era a única coisa que não se ouvia bem.
A 4ª banda, WAKO tinha como elementos, entre eles um índio Mohawk e um rasta da Festa do Avante. O som já estava melhorzito, se bem que um pouco saturado. Nota aos engenheiros de som: ... esquece.
Por fim, actuaram os Nuclear Assault... desculpem, os D.R.I... não, eram os... Municipal Waste. Festa garantida, muita diversão e cabeças partidas. Tocaram clássicos como Headbanger Face Rip e Sadistic Magician. Parecia que estávamos nos anos 80. Não só pela música, mas porque ali, felizmente, não havia putos do harcore com as calças descaídas a saltar que nem gafanhotos.
Resumindo: boa música, bom ambiente e, sobretudo, bom whisky.

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