30 abril, 2015

Laughbanging entrevista W.A.K.O.

O peso e o poder da música dos W.A.K.O. não deixa ninguém indiferente. Aliás, há até quem diga que aquelas réplicas no Nepal não tinham acontecido se a banda não estivesse a ensaiar àquela hora. Se a isto somarmos o facto de serem uma das bandas mas activas ao nível nacional, o Laughbanging tinha de ter uma conversa com estes We Are Killing Ourselves.
O guitarrista André Sobral foi o que se chegou à frente.


Em mais de dez anos de carreira, qual o momento mais alto em que tenham dito algo do género “Se morrermos agora, morremos felizes”, e o momento mais baixo, tão baixo que preferiam estar a distribuir a “Dica da Semana”?
Momento mais alto, Lap Dances para todos ao som do tema My Misery do nosso primeiro álbum. O momento mais baixo foi talvez na nossa última visita ao UK. Tínhamos chegado a Nottingham e estávamos radiantes por ter um chuveiro no backstage. Depois de celebrarmos tal facto recebemos a noticia de que a segunda parte da nossa tour tinha de ser cancelada e eram os cachets dessa mesma que iriam garantir a nossa viagem de regresso a Portugal. Passamos então a próxima hora a ligar para amigos e familiares a pedinchar. Não foi bonito mas cheiramos todos bem nesse dia.

Fora de Portugal, já actuaram em Espanha, Reino Unido e E.U.A. Qual de vocês tem mais dificuldade em andar de avião, qual Mr. T em W.A.K.O?
Não há Mr.T's na banda! Todos temos uns colhões gigantes logo ninguém tem medo de viagens aéreas. O que se passa é que muitas das vezes contam como bagagem de mão e nas companhias low cost não obedecem às medidas impostas, logo fica dispendioso tendo que pagar bagagem de porão. Optámos por essa razão ir mais vezes de carrinha.

Devido ao poder da vossa música ao vivo, supomos que deve haver muitos "wall of death", "slamdancing" e "mosh". Por isso, pergunta-se: quantas cabeças já foram partidas nos vossos concertos?
Assim de momento só me lembro apenas de uma cabeça partida. Foi a do nosso amigo, técnico de som e baixista suplente Pedro Manteigas. Reza a história contada pelo nosso vocalista Nuno Rodrigues, que o Manteigas ao atirar-se para cima do publico falhou em acertar na área que continha qualquer tipo de público, e ao acertar com a cabeça no chão, espirrou bastante sangue para poder atingir as pessoas mais próximas. Ficou comprovado pelo estado da t-shirt do Tomás, um outro nosso amigo que estava no público. Passado umas horas e uma viagem de ambulância depois, o Manteigas já estava a fumar um cigarro e o Tomás tinha uma t-shirt nova de WAKO.

Têm um tema chamado "Extispicium". Contam em fazer mais músicas sobre um medicamento de farmácia ou foi só essa?
Não contamos fazer mais, essa foi a única e última colaboração que fizemos com o Infarmed.

Vocês são patrocinados por marcas como Dean Guitars e DDrum. Também aceitariam se fosse pela marca de bateria Powerbeat e por essa instituição dos teclados que é a Bontempi?
Em WAKO gostamos de nos considerar todos músicos maduros e experientes, capazes de fazer musica e de nos sentirmos inspirados com qualquer tipo de instrumentos, sempre a seguir o "verdadeirismo" da intelectualidade musical. Dito isto, desde que ofereçam 5% de desconto e a garantia de aparecermos no artist roster da pagina deles tudo bem.

Se "We Are Killing Ourselves" fosse um filme ou programa de televisão, como seria?
Acho que seria uma espécie de programa da manhã, em que o André (guitarrista) seria o apresentador e os únicos convidados seriam os elementos da banda. Sem qualquer conteúdo, mas com a possibilidade de ganhar uma grande quantia de dinheiro em cartão. Todo o dinheiro iria reverter à associação WAKO para fins filantrópicos como o financiamento do próximo álbum.

Qual de vocês é que chega sempre atrasado ao ensaio?
Sem dúvida o Johnny, o nosso guitarrista. Depende sempre um bocado de quantas áreas de serviço existem do ponto A ao ponto B.

Na fotografia, Carlos Costa, ex-Ídolos. Um comentário:
Força Carlos! Eras para nós o claro vencedor da edição de 2009. Continua com o fogo que tens dentro de ti, és um orgulho nacional!

Um dos pratos mais famosos da vossa terra, Almeirim, é a bela da Sopa da Pedra. É disso que se trata o tema "The Shape of Perfection".
Sim, é uma analogia sobre o casamento gastronômico entre a Sopa da Pedra e a Caralhota.

Como é que se têm estado a safar no Tinder?
Não sei o que é o Tinder mas entretanto fui ver. Ah nice, até é uma cena fixe! Acho que quando esta entrevista for publicada já vamos todos ter uma conta.

Últimos comentários:
Badoing, é a hora do Doom.


Género:
Death/Thrash/Groove Metal

Line-up:
Nuno Rodrigues - Voz
João Pedro - Guitarra
André Sobral - Guitarra
Pedro Mendes - Baixo
Marcelo Aires - Bateria

Discografia:
2002 - Outrage (demo)
2004 - Symbiotic Existence (EP)
2007 - Deconstructive Essence
2011 - The Road of Awareness

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